
IGREJA MARANATA: REFORMA OU RUÍNA!
ÚLTIMA CARTA ABERTA AO CONSELHO PRESBITERAL E AOS MEMBROS DA IGREJA CRISTÃ MARANATA
Amados irmãos e irmãs, escrevemos esta última carta aberta com a consciência de que a reforma da Igreja Cristã Maranata (ICM) já está em andamento. Esta será nossa última manifestação pública neste formato, pois tudo já foi dito, tudo já foi revelado, e resta agora à liderança escolher: REFORMA OU RUÍNA.
Se o senhor Gedelti Gueiros permanecer no controle, e se sua vaidade continuar sendo o motor das decisões institucionais, é possível que reste pouco da igreja que tanto amamos. A responsabilidade do futuro agora repousa sobre os ombros dos pastores do conselho, que precisam se perguntar: valerá a pena sustentar este projeto de poder até o fim, quando não houver mais rebanho a pastorear?
Movido por uma soberba cega, Gedelti parece disposto a enterrar a igreja viva, desde que ela não escape de seu controle absoluto.
1 – A OBEDIÊNCIA CEGA EXIGIDA PELO PRESIDENTE
Observamos com pesar a forma como o Sr. Gedelti coopta e descarta pessoas, um método desprovido de dignidade e honra, exigindo uma obediência cega que sufoca a consciência. A recente ascensão de pastores mais jovens (os chamados “garotos”) — Douglas, Júlio, Jerônimo e outros —, impulsionados pela vaidade e usados para ofuscar os mais antigos, não sinaliza dinamismo, mas sim uma reafirmação de poder sádico e centralizador do líder. Isso ecoa tristemente a advertência bíblica: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Provérbios 16:18). Questionamos se essa forma de liderança se assemelha ao modelo do Bom Pastor ou aos “dominadores sobre a herança de Deus” contra os quais Pedro advertiu (1 Pedro 5:3).
Se isso soa estranho, pedimos aos pastores mais novos (garotos) que perguntem ao pastor Gilson Souza se ele ainda acredita que os dois anos que ficou sem dar aulas no maanaim foi por revelação do Senhor Deus, ou por imposição do senhor enciumado Gedelti. Durante muito tempo, acreditou sinceramente que essa interrupção havia sido determinada por Deus. Hoje, no entanto, sabemos que tudo não passou de um capricho pessoal do presidente Gedelti Gueiros. É hora de trazer à luz essa verdade e deixar de fingir que tudo é resultado de revelações divinas.
O Conselho Presbiteral da Igreja Cristã Maranata está, neste momento, diante da mesma encruzilhada espiritual que se apresentou aos profetas nos dias do rei Acabe (1 Reis 22). Naquela ocasião, centenas de homens se levantaram para dizer ao rei apenas o que ele queria ouvir. Foram chamados de profetas, mas estavam cheios de espírito de mentira. Apenas um, Micaías, teve coragem de falar o que o Senhor realmente dizia — e por isso foi odiado, isolado e preso.
Hoje, senhores pastores, o mesmo espírito de Acabe paira sobre nossa liderança. Gedelti Gueiros não suporta ser contrariado. Ele não ouve conselhos, não presta contas, não submete decisões à Palavra. Rodeia-se de homens que reproduzem suas ordens, como ecos de um comando centralizado, e chama isso de “unidade do corpo”. Mas Deus não é cúmplice de tiranias, e o Espírito Santo não age por coação institucional.
Chegou a hora da verdade para este Conselho Presbiteral. A pergunta que ecoa não permite subterfúgios: escolherão ser os 400 profetas de Acabe – bajuladores, submissos, cúmplices de um poder adoecido e centralizador? Ou terão a decência e a coragem de ser Micaías, mesmo que isso signifique solidão, perseguição e ruptura, mas mantendo-se fiéis à verdade intransigente do Senhor?
A igreja, o rebanho sofrido, aguarda esta resposta com a respiração suspensa. O Senhor exige um posicionamento claro. A era da neutralidade covarde acabou. O sangue das ovelhas clama por justiça, e Deus está pedindo contas aos pastores que se omitiram.
O Senhor Deus já havia mostrado em uma visão e o Conselho conhece muito bem: a visão da moeda. De um lado, a efígie – a imagem fria da autoridade humana, do poder pessoal. Do outro, o valor real – o ouro puro da Palavra, da salvação, da presença palpável de Deus. E a ordem divina foi taxativa: “É hora de virar a moeda!”.
Mas Gedelti não aceitou essa visão. Fez contorcionismos teológicos para preservar sua imagem, recusando-se a reconhecer que a glória humana deveria ceder lugar à glória de Deus. Escolheu manter sua efígie nos púlpitos — e não o valor espiritual que salva e transforma.
O Conselho Presbiteral lembra disso e não pode alegar ignorância. E agora, a questão inescapável: estão dispostos a arcar com o preço da cumplicidade na desobediência de Gedelti? Estão preparados para se apresentar diante do trono do julgamento de Deus com as mãos manchadas pela omissão, pelo silêncio conveniente? Porque Deus não divide Sua glória com ninguém – e a Gedelti Gueiros não será concedida nenhuma isenção. A mão de Deus pesará, e a cobrança será severa sobre aqueles que escolheram a lealdade humana acima da fidelidade divina.
2 – O LEVANTAMENTO EM MASSA DE PASTORES E UNGIDOS
Nos preocupa a movimentação frenética para o levantamento de quase mil ungidos e pastores, uma atitude claramente reativa aos constantes desligamentos de membros e obreiros, muitos dos quais se afastam justamente pela péssima condução espiritual do presidente e pelas práticas implícitas de controle que marginalizam ou humilham quem não se submete.
Essa busca por números parece mascarar um objetivo mais profundo: encontrar ‘corpos dóceis’, indivíduos prontos para serem moldados à vontade de Gedelti, sem questionar sua tirania, numa dinâmica que espelha regimes ditatoriais e reforça o ambiente de conformidade forçada.
Tal prática amplia o risco de se levantar homens sem conversão genuína, com desvios morais e transtornos de personalidade e de caráter — narcisistas, sociopatas, esquizofrênicos, megalomaníacos, adúlteros, desonestos, mentirosos contumazes e afins — não apenas para preencher cargos e manter a aparência institucional, mas sobretudo para garantir uma base de liderança subserviente e facilmente controlável, apta a perpetuar esse sistema de controle e a não desafiar o status quo estabelecido por ele.
Será que Deus permite tal situação? Talvez, como alerta Ezequiel 14:4, o Senhor esteja respondendo “conforme a multidão dos seus ídolos” àqueles que O buscam com o coração já comprometido. É tempo de examinar os frutos e o caráter, pois “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16), antes de impor as mãos precipitadamente (1 Timóteo 5:22). A igreja já percebeu que muitos ministérios da ICM não estão de acordo com a vontade de Deus, pois discernimos de qual espírito Gedelti é.
Mais grave ainda é o distanciamento das Escrituras. Clamamos que a igreja volte à simplicidade bíblica do Novo Testamento, onde os obreiros eram levantados mediante critérios claros, como os descritos em 1 Timóteo 3 e Tito 1.
Se isto não ocorrer veremos um sofrimento sem proporções no rebanho. Sabemos muito bem que no nosso meio, por causa do sistema implantado por Gedelti, não temos irmãos (apesar de cristãos) ou amigos, todos ao nosso redor são meros colegas, e agem hipnotizados pelo encantador de serpentes para trair, entregar e mentir a respeito de qualquer pessoa que não cumpre com as ordens e loucuras da atual liderança.
Basta observar a atual ‘caça às bruxas’ silenciosamente instaurada: após as recentes cartas abertas, nenhum coordenador confia mais no outro. Muitos pastores estão com medo do que dizem entre si, receosos de serem vistos como apoiadores da reforma. Até mesmo os coordenadores que aderiram ao movimento têm se mostrado cautelosos com os pastores sob sua liderança, pois alguns destes estão ávidos por obter informações privilegiadas que, ao serem denunciadas ao presbitério, possam lhes garantir uma posição de maior destaque junto ao presidente. Esse é o ambiente hostil e pernicioso que Gedelti tem conseguido instaurar na igreja.
Lembramos com tristeza, de um sonho de um irmão lá do início da ICM, dos tempos do Pastor Dodd: No sonho ele via Gedelti diante de uma serpente, e Gedelti não se assustava, antes a acariciava, e brincava com ela, como se ambos fossem “amigos”.
Houve um tempo em que ficávamos surpresos de ver e ouvir o diabo manifestos em outras igrejas. Agora ele está agindo no nosso meio. Como, e quem é que vai expulsá-lo?
Será esse tipo de ministério que os homens querem para si dentro da igreja? Aos Pastores, chamados “garotos”, foi esse ministério que vocês receberam, da Serpente?
Fomos chamados para ser apóstolos do Cordeiro, não aceitaremos, e pedimos que nenhum homem íntegro e honesto da Igreja Cristã Maranata aceite ministério ou diaconato, ou qualquer função que seja, se não se sentir em condições físicas, mentais, espirituais, e principalmente teologicamente instruído para exercer tal ministério, pois sabemos que se a sua formação foi preponderantemente pela EBD, você não está apto para nenhum ministério, apenas para ligar e desligar o satélite.
Fazemos um APELO à liderança: REVOGUEM o uso do termo “ungido” — que não possui fundamento no Novo Testamento como cargo eclesiástico — e voltem a usar o termo presbítero, que carrega base escriturística e representa, de forma legítima, o ministério pastoral e de liderança. Esta simples mudança seria um sinal claro de retorno às Escrituras e de que o CONSELHO ainda possui algum compromisso com a Palavra de Deus.
3 – ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E A FOME PELA PALAVRA
A Escola Bíblica Dominical deixou de ser bíblica há muito tempo. A igreja está cansada. Nós, pastores, também. Há três anos, os coordenadores foram convencidos a elogiar publicamente o presidente, em troca receberam a promessa de retomada das EBDs e pregações presenciais sem o satélite. Nós cumprimos nossa parte. Ele, não.
O povo deseja a Palavra. Tem fome de Deus. Mas Gedelti insiste em manter-se como figura central, privando o rebanho do alimento sólido. Como protesto, recomendamos aos membros que deixem de assistir à EBD da ICM presencial e on-line e busquem ensino bíblico em igrejas saudáveis, até que os pastores possam cuidar das feridas do seu rebanho com a palavra pura de Deus, sem o fermento de Gedelti.
Reiteramos, não se desliguem de ICM, permaneçam nos cultos onde seus pastores podem explanar a palavra de Deus com verdade e amor, mas rejeitem GEDELTI como DEUS rejeitou SAUL.
Igrejas recomendadas na Grande Vitória (ES):
1 – Vila Velha
· Igreja Reformada de Vila Velha – Pr. Anchieta
· Assembleia de Deus Tabernáculo – Pr. Samuel França
· Missão Praia da Costa – Pr. Marcos Pavan
· Igreja Cristã Evangélica de Vila Velha – Pr. Davi Lago
· Igreja Batista da Glória – Pr. Leonardo Ferreira
· Vitória
· Igreja Batista em Jardim da Penha – Pr. Daniel Ventura
· Igreja Presbiteriana da Praia do Canto – Rev. Gustavo Tadeu
· Igreja Batista Memorial da Mata da Praia – Pr. Marcelo Gualberto
· Igreja Presbiteriana Marcas da Graça – Pr. Edmar Ribeiro
2 – Cariacica
· Igreja Cristã Evangélica em Campo Grande – Pr. Rogério Costa
· Igreja Batista Monte Sião – Pr. Paulo Ricardo
· Igreja Presbiteriana do Brasil em Jardim América – Rev. Allan Lopes
· Igreja Assembleia de Deus em Nova Rosa da Penha – Pr. Adilson Teixeira
· Igreja Batista Vida e Paz – Pr. Alexsandro Rosa
3 – Serra
· Igreja Batista em Laranjeiras – Pr. João Carlos
· Igreja Presbiteriana em Jardim Limoeiro – Rev. Marcos Silva
· Igreja Cristã Evangélica em Serra Sede – Pr. Felipe Andrade
· Igreja Assembleia de Deus em Feu Rosa – Pr. Roberto Oliveira
· Igreja Batista Nova Vida – Pr. André Souza
Nacionais (presencial e online):
· Igreja Presbiteriana de Pinheiros (SP) – Rev. Hernandes Dias Lopes / Rev. Augustus Nicodemus / Rev. Arival Dias Casimiro
· Igreja Batista do Povo (SP) – Pr. Luiz Sayão
· Igreja Esperança (MG) – Pr. Jeremias Pereira
· Igreja Presbiteriana da Gávea (RJ) – Pr. Guilhermino Cunha
· Comunidade Alcance Curitiba – Pr. Luciano Subirá
Reafirmamos: Deus não amaldiçoa quem busca a verdade. O Espírito Santo não aprisiona — Ele liberta. Jesus mesmo há de conduzir cada um à verdade. Não aceite imposições humanas que usurpem o lugar do Senhor em sua vida.
4 – GEDELTI GUEIROS E A ACUSAÇÃO DE LIDERANÇA EM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
No processo nº RHC 44.730/ES, com origem na 8ª Vara Criminal de Vitória/ES, e que tramita no Superior Tribunal de Justiça, constam fortes indícios levantados pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo de que o senhor Gedelti Victalino Teixeira Gueiros, atual presidente da Igreja Cristã Maranata (ICM), exerceu papel central na liderança e coordenação de uma organização criminosa estruturalmente montada no interior da instituição religiosa.
Entre os testemunhos prestados, destaca-se o da senhora Vera Lúcia de Amorim Rocha, que afirma:
“GEDELTI, de fato, manda e sempre mandou na ICM nos aspectos espirituais, administrativos e de qualquer natureza […] a Comissão Executiva funcionava como colegiado meramente formal, pois a voz e o poder de decisão sempre estiveram concentrados na pessoa do presidente […] quem falasse uma palavra contra GEDELTI era expurgado da Igreja, não tendo outra saída a não ser fazer um acordo, retratar-se, aceitar valores para se calar ou ser perseguido pelas pessoas ligadas ao presidente.”
Na mesma linha, Fernando Athayde Carvalho, ex-integrante da gestão da ICM, declarou:
“Gedelti teria dado carta branca para as manobras ilícitas […] sempre conduziu as reuniões e delas todos participavam […] mesmo ocupando o posto de vice-presidente, Gedelti sempre exerceu a liderança da ICM […] não se move um grampo ou se gasta um centavo sem conhecimento de Gedelti.”
Já Daniel Moreira, Diretor Administrativo da ICM e membro do Conselho Presbiteral, revelou:
“A centralização de decisões sempre existiu e partiu do Presbitério […] toda informação sobre arrecadação era tratada como sigilosa e apenas conhecida pelo Diretor Financeiro e pelo Presidente […] os valores arrecadados e gastos não eram de conhecimento ostensivo dos demais membros, o que comprova a existência de uma contabilidade obscura.”
Essas declarações são coerentes com a acusação do MP de que Gedelti “ocupava o vértice da pirâmide do crime, sendo detentor do domínio funcional e interlocutor visível da organização criminosa, colocando-se como verdadeiro déspota dentro da confraria do crime.”
Apesar da gravidade dos fatos e da robustez das provas, nenhuma punição foi imposta ao líder da organização, tampouco houve desfecho condenatório. O processo criminal foi extinto por prescrição, em virtude da estratégia processual protelatória dos réus, que recorreram sucessivamente para impedir o julgamento de mérito.
No plano espiritual e institucional, o cenário é ainda mais alarmante: Gedelti Gueiros permanece presidente da Igreja Cristã Maranata, com pleno controle sobre recursos financeiros e decisões administrativas, mesmo diante da gravidade das denúncias e dos elementos que demonstram sua liderança no esquema criminoso.
Essa realidade evidencia uma situação crítica: a fé, instrumento de libertação e verdade, pode estar sendo usada como meio de ocultação e dominação. A ausência de responsabilização penal e eclesiástica revela uma preocupante falência ética e institucional, tanto na esfera judicial quanto na espiritual.
Um dúvida paira sobre nós, uma das denúncias dizia respeito sobre a emissão de notas frias para saque do dinheiro do caixa da igreja indevidamente. Será por isso que ao longo dos tempos Gedelti tem feito questão de que sejam levantados muitos empresários para o diaconato, unção e ministério? Para que sustentem o esquema criado de emissão de notas frias, e estejam envolvidos nas mesmas práticas em troca de cargos na igreja? Apelamos para a que a verdade apareça.
É imperativo que membros, conselho presbiteral e pastores conscientes, autoridades e a sociedade civil se posicionem em favor da verdade, da justiça e da urgente reforma ética e espiritual da instituição.
5 – FIDELIDADE À OBRA E INDÍCIOS DE CRIMES
Sempre fomos fiéis a Deus e à Igreja Cristã Maranata. Por isso, nos doeu profundamente ter ciência dos fatos contidos no processo nº RHC 44.730/ES – STJ. O rebanho, que há décadas contribui com seus dízimos e ofertas com sinceridade, foi lesado por uma gestão opaca, marcada por silêncio deliberado, ausência de prestação de contas e disponibilização ampla, geral e irrestrita do estatuto da igreja, que não se justifica diante da transparência exigida de qualquer organização religiosa com CNPJ ativo.
Diante desse cenário, reafirmamos: há margem jurídica para provocar uma nova atuação do Ministério Público. Mesmo que processos anteriores de natureza penal tenham prescrito, é perfeitamente possível requerer a instauração de nova investigação, caso surjam novos elementos, provas ou testemunhos. A prescrição penal não impede a apuração de irregularidades cíveis e administrativas, especialmente quando há indícios de continuidade da prática ilícita.
O Ministério Público tem o dever institucional de zelar pelo patrimônio social e pela moralidade administrativa das entidades religiosas, conforme garantido pela Constituição Federal (art. 129, III) e pela Lei nº 7.347/85, que autoriza a ação civil pública contra pessoas jurídicas por atos lesivos à sociedade.
Além disso, a ocultação do estatuto da igreja e a omissão de relatórios financeiros violam os princípios da transparência e da boa-fé objetiva. A Lei nº 9.790/99 exige publicidade das demonstrações financeiras e relatórios de atividade, enquanto o Código Civil garante aos associados o direito de fiscalizar a administração (arts. 54 e 59).
Por isso, conclamamos todos os membros e ex-membros lesados pela gestão de Gedelti Gueiros a se unirem num movimento legítimo, ético e jurídico. É necessário acionar o Ministério Público do Espírito Santo para:
· Solicitar a instauração de inquérito civil ou ação civil pública contra a liderança da ICM desde 2012 até hoje;
· Apurar atos de improbidade administrativa e possível desvio de finalidade;
· Requerer o ressarcimento judicial dos dízimos e ofertas utilizados indevidamente, em benefício pessoal ou fora da finalidade religiosa;
· Promover, se necessário, a desconsideração da personalidade jurídica da instituição, responsabilizando pessoalmente os líderes envolvidos.
Caso o desvio de finalidade seja comprovado, ou se for identificada a ocultação dolosa de informações que influenciaram a boa-fé dos doadores, a restituição parcial dos valores é juridicamente possível, ainda que com elevada complexidade.
Se você deseja contribuir com essa mobilização, reúna documentos, testemunhos e provas, e entre em contato com grupos de apoio ou promotorias especializadas. Se necessário, também podemos disponibilizar um modelo técnico de representação ao Ministério Público para facilitar esse processo.
Essa ação não é vingança. É zelo pelo rebanho, justiça em favor da verdade e fidelidade ao Evangelho.
6 – ASSÉDIO PROCESSUAL E AS MENTIRAS DO PR. ISAÍAS DINIZ
Lamentamos profundamente o comportamento do pastor e advogado Isaías Diniz em sua entrevista ao canal ‘O Fuxico Gospel’. O tom foi baixo, desonesto e indigno da vocação pastoral e da ética advocatícia. Nós, que estamos cotidianamente servindo na ICM, conhecemos a história desta igreja e, por isso, reconhecemos muitas inverdades — ou meias-verdades — em suas declarações.
Se há algo que aprendemos no seminário é que meias-verdades também são mentiras. E nós, como servos de Jesus Cristo, não compactuamos com a mentira, nem com pastores mentirosos que maculam essa vocação sagrada.
Além disso, o uso de ações judiciais para intimidar e calar ex-membros, na proporção em que se encontra, claramente configura assédio processual e revela o tipo de liderança que Gedelti deseja perpetuar: não de pastores que protegem o rebanho, mas de agressores de irmãos na fé.
PEDIDO CONCRETO:
Aos que entendem que Gedelti Gueiros tem abusado do poder e dos recursos da igreja e desejam sua renúncia, propomos um ato pacífico, legítimo e cristão:
– Cessem o envio de dízimos à ICM. DEUS NÃO PRECISA DE DINHEIRO. Gedelti sim precisa, e ele já teve o suficiente do nosso dinheiro e do nosso trabalho. BASTA!
– Direcione suas contribuições (dízimos e ofertas), para um propósito verdadeiramente Cristão, neste caso, à Associação Amai-vos, que tem prestado assistência espiritual, pastoral e psicológica a irmãos e irmãs feridos pelo sistema atual dirigido por Gedelti Gueiros.
PIX – 009.761.097-60
7 – UM SISTEMA COM TRAÇOS SECTÁRIOS
A Igreja Cristã Maranata (ICM), ao longo de sua história, preservou elementos centrais da fé cristã bíblica — como a doutrina da Trindade, a divindade de Cristo, a salvação pela graça e a autoridade das Escrituras. Isso a distingue, do ponto de vista doutrinário, de grupos classificados como heréticos.
Entretanto, é necessário reconhecer, com temor diante de Deus, que a estrutura de governo e a cultura eclesiástica que se consolidaram, especialmente nas últimas décadas, passaram a reproduzir traços preocupantes, frequentemente associados a dinâmicas sectárias no aspecto sociológico — algo grave e contrário ao espírito do Evangelho.
De fato, embora a ICM professe essas doutrinas centrais, análises de ex-membros, teólogos e pesquisadores apontam para práticas que se aproximam do comportamento sectário. Entre elas, destacam-se:
· O possível desenvolvimento de um culto à personalidade em torno da liderança;
· O exercício de controle psicológico sobre a membresia;
· O uso do medo (espiritual ou social) como ferramenta para assegurar obediência;
· Um forte exclusivismo eclesiástico, que isola a comunidade;
· Uma marcada intolerância ao questionamento e ao pensamento crítico.
A pergunta central que emerge dessas observações é inevitável: Jesus Cristo ainda é, na prática cotidiana e estrutural, o centro da igreja? Ou teria sido Ele, funcionalmente, substituído por uma figura humana ou por um sistema?
Essas preocupações se manifestam em características específicas, como:
- O autoritarismo verticalizado, que concentra poder e decisão na liderança central (Presbitério), muitas vezes suprimindo a colegialidade bíblica e o discernimento comunitário da Igreja como Corpo.
- O exclusivismo espiritual, que induz os membros a crerem que somente na Maranata se encontra a ‘Obra’ revelada por Deus para os últimos dias, ou a plenitude da direção e do louvor espiritual genuíno. Isso frequentemente gera uma mentalidade de isolamento e desvalorização das demais expressões do Corpo de Cristo.
- O controle da consciência individual, exercido por meio de códigos de conduta não escritos, práticas percebidas como rígidas e o uso recorrente de mecanismos de medo (por meio de expressões como ‘caído’, ‘apóstata’, ‘anátema’, ‘latomia’, ‘nóia’, ‘anticristo’, etc.). Essa pressão é frequentemente sutil, não se baseando em regras explícitas de ‘usos e costumes’, mas em expectativas implícitas e na reprovação social ou espiritual daqueles que se desligam da instituição ou discordam da postura do presidente.
- A inibição do pensamento crítico e do livre exame das Escrituras, com a supervalorização de ‘revelações’ e direcionamentos específicos da liderança, por vezes substituindo a profundidade da Palavra por chavões doutrinários, jargões da ‘Obra’ e uma retórica que desencoraja o debate teológico saudável e a verificação diligente (como a dos bereanos em Atos 17:11).
Tais posturas tendem a transformar a comunidade numa estrutura de obediência acrítica, podendo sufocar a liberdade cristã e moldar a igreja como um sistema institucional focado em controle. Jesus jamais estabeleceu um sistema assim.
O que Ele estabeleceu foi um Corpo vivo, onde a verdade é servida em amor (Efésios 4:15), onde há espaço para o arrependimento e a correção mútua (Gálatas 6:1), e onde o Espírito Santo age com liberdade, inclusive para usar membros para discernir e, se necessário, confrontar ensinos ou práticas, mesmo na liderança (Atos 17:11; Gálatas 2:11-14).
Por isso, reafirmamos: a análise aqui não classifica a Maranata como uma seita teológica em seus fundamentos históricos. Contudo, aponta com amor e zelo pela verdade que ela manifesta, em sua prática e estrutura atuais, traços sociologicamente sectários que a afastam do modelo neotestamentário e do Evangelho puro e simples. Reformar essas distorções é urgente, e negar a existência delas é perpetuar um erro grave — que não será tratado por omissão, mas pela exposição à luz da Palavra.
8 – TRANSIÇÃO URGENTE E RECOMENDAÇÃO FINAL
Reiteramos: os irmãos Pastores Daniel Moreira e Sérgio Souza devem conduzir a transição institucional, como Presidente e Vice-Presidente da ICM. Sugerimos ainda o nome do Pr. João Cidade, da Missão ICM, para Secretário Executivo, em substituição a Luiz Eugênio.
O Pr. João Cidade é homem de Deus: manso, íntegro, bíblico e centrado na suficiência das Escrituras. Livre das distorções filosóficas e esotéricas que invadiram parte da liderança, é alguém digno da confiança do rebanho.
Por fim, rogamos que estes irmãos, chamados por Deus para servirem à Sua Igreja, adotem como primeiro gesto de sua nova gestão a extinção de todos os processos judiciais movidos contra ex-membros. Que esse ato seja um testemunho claro diante do povo de Deus de que os recursos entregues com fé — por meio dos dízimos e das ofertas — serão inteiramente consagrados à obra do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo e à edificação do Seu Reino.
Somente assim a igreja poderá voltar a confiar, entregar com alegria seus dízimos e ofertas, e fazê-lo com a fé de que Deus ainda está sendo ouvido nessa instituição. Sem isso, toda contribuição será manchada por dúvidas, feridas e desconfiança.
Da mesma forma, apelamos para que haja, em espírito de arrependimento e reconciliação, um pedido formal de perdão por todos os atos e práticas que, ao longo dos anos, se afastaram da vontade do Senhor. Que esse gesto marque o início de um novo tempo na Igreja Cristã Maranata — tempo de paz, cura, humildade e restauração, para a glória de Deus.
Esta carta é nosso apelo final. Uma denúncia justa. Um clamor por arrependimento.
Que o conselho presbiteral acorde desse sono profundo, antes que a luz se apague no templo.
O fim vem! O fim vem! (Ezequiel 7:3)
Que o Senhor nos encontre fiéis à Sua Palavra.
📌 ANEXO: Representação ao Ministério Público
Esta carta foi enviada acompanhada de um modelo de representação formal ao Ministério Público do Estado do Espírito Santo, contendo fundamentos legais para apuração de irregularidades na administração da Igreja Cristã Maranata.
O modelo está disponível para leitura e download logo abaixo, e pode ser preenchido por qualquer cidadão que deseje, de forma responsável, contribuir com a verdade e com a correção de rumos dentro da instituição.
🔗 [Clique aqui para baixar o modelo de representação ao MP – PDF]
⚠️ Atenção: Cada pessoa que deseje usar este modelo deverá preenchê-lo com seus próprios dados, anexar eventuais provas, e enviá-lo por meio adequado (Protocolo Eletrônico do MPES ou presencialmente). O site Celeiros.net não recolhe nem encaminha denúncias.
ANEXO
AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FUNDAÇÕES E ENTIDADES RELIGIOSAS
ASSUNTO: Representação para apuração de irregularidades financeiras, omissão de prestação de contas, desvio de finalidade institucional, abuso de poder, assédio moral e espiritual, e violações de direitos da personalidade por parte da liderança da Igreja Cristã Maranata.
REPRESENTANTE:
(Nome completo)
(CPF, RG)
(Endereço completo)
(E-mail / telefone)
DOS FATOS
O(a) representante, membro e/ou ex-membro da comunidade religiosa denominada IGREJA CRISTÃ MARANATA, com sede nacional no Estado do Espírito Santo, vem por meio desta requerer a atuação do Ministério Público para a devida apuração de fatos graves que envolvem a conduta da liderança dessa instituição, em especial a do Sr. GEDELTI GUEIROS, líder histórico da organização.
1 – Desde a década de 1970, a ICM tem recebido vultosas quantias de dinheiro oriundas de fiéis, na forma de dízimos e ofertas, sem nunca ter prestado contas à comunidade. A igreja nunca disponibilizou seu estatuto social, suas demonstrações financeiras ou relatórios de atividades, e nas palavras do seu atual Presidente “isso é bobeira”.
2 – No ano de 2012, diversas investigações foram instauradas contra a cúpula da igreja, inclusive com a denúncia formal de 19 pastores por crimes como estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e desvio de finalidade. Contudo, após sucessivos recursos, os processos prescreveram, sendo encerrados sem julgamento do mérito. Em 2024, após levantamento de sigilo, foi revelado que havia robustos indícios contra os denunciados.
3 – Além dos crimes financeiros, são recorrentes os relatos de abuso de poder, intimidação psicológica e manipulação espiritual por parte do líder Gedelti Gueiros e outros pastores. Tais abusos incluem:
· Ameaças espirituais a fiéis considerados “rebeldes” por divergirem em pensamento com a liderança, rotulados como “latomia”, “noia”, “caído”, “anticristo” entre outras expressões pejorativas que geram medo e terror psicológico;
· Doutrinação coercitiva e uso da figura do “deus vingador” para impedir questionamentos e promover submissão cega;
· Expulsões sumárias de membros que discordam da liderança, sem direito de defesa;
· Isolamento social de ex-membros como forma de punição e controle emocional;
· Impedimento de acesso a documentos internos da entidade, contrariando o art. 54 do Código Civil.
4 – Tais práticas configuram assédio institucional, abuso de autoridade espiritual, violação dos direitos da personalidade e eventual crime contra a honra e a dignidade dos indivíduos atingidos.
DO DIREITO
A presente representação encontra amparo nos seguintes dispositivos legais:
Art. 129, III da Constituição Federal;
Lei nº 7.347/85 (Ação Civil Pública);
Art. 54 e seguintes do Código Civil;
Lei nº 9.790/99;
Art. 186 e 927 do Código Civil (danos morais e materiais);
Princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, moralidade administrativa e função social das entidades.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
1 – Instauração de inquérito civil público para apurar:
· Ausência de prestação de contas;
· Desvio de finalidade institucional;
· Lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito;
· Assédio moral e espiritual;
· Abusos cometidos pelo Sr. Gedelti Gueiros e demais líderes;
2 – Convocação de audiências públicas com depoimentos de membros, ex-membros e vítimas de abusos;
3 – Requisição judicial do estatuto social da entidade, documentos contábeis e relatórios financeiros;
4 – Ajuizamento de Ação Civil Pública, caso comprovadas as irregularidades;
5 – Encaminhamento à Promotoria Criminal para apuração de eventuais crimes de assédio moral, calúnia, difamação, lavagem de dinheiro e estelionato.
Termos em que,
Pede deferimento.
(Local e data)
(Assinatura)