IGREJA MARANATA: HIPNOSE DE MASSA / PNL / COAÇÃO ESPIRITUAL – MÉTODOS DE INFLUÊNCIA DE GRUPO

IGREJA MARANATA: HIPNOSE DE MASSA / PNL / COAÇÃO ESPIRITUAL – MÉTODOS DE INFLUÊNCIA DE GRUPO

12 de junho de 2025 Off Por Sólon Pereira

 

IGREJA CRISTÃ MARANATA E A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA

PNL, hipnose de massa e coação espiritual: estudo técnico sobre os métodos de influência na Igreja Cristã Maranata 

Este documento apresenta um estudo aprofundado sobre os conceitos de Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose de Massa (relacionada à Psicologia das Massas), Psicologia Reversa e Coação. O objetivo principal é realizar uma análise comparativa entre essas técnicas de influência psicológica e os métodos que, segundo fontes diversas e relatos públicos, são ou foram utilizados no âmbito da Igreja Cristã Maranata (ICM), com foco particular na liderança de Gedelti Gueiros. A pesquisa busca identificar possíveis paralelos e a aplicação, intencional ou não, de elementos dessas abordagens no contexto da referida instituição religiosa, baseando-se em informações de domínio público, incluindo notícias, artigos acadêmicos (quando disponíveis sobre a ICM especificamente) e páginas informativas.

É crucial ressaltar que a análise se propõe a ser objetiva, explorando as definições dos conceitos psicológicos e, em seguida, examinando como certas práticas e dinâmicas observadas na ICM podem ser interpretadas à luz dessas definições. Não se trata de um julgamento de valor sobre a fé ou as crenças dos membros da igreja, mas sim de uma investigação sobre os mecanismos de influência e controle que podem estar presentes em organizações sociais, incluindo as religiosas.

O estudo será dividido em seções, cada uma dedicada a um dos conceitos psicológicos mencionados, seguida por uma análise comparativa com as práticas da Igreja Cristã Maranata. Por fim, será apresentada uma conclusão que sintetiza os achados e as reflexões decorrentes da pesquisa.

1. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA (PNL)

A Programação Neurolinguística (PNL) é uma abordagem pseudocientífica que visa aproximar comunicação, desenvolvimento pessoal e psicoterapia. Criada por Richard Bandler e John Grinder na Califórnia, EUA, na década de 1970 [1].

Os criadores da PNL afirmam que existe uma conexão entre os processos neurológicos (“neuro-“), a linguagem (“linguística”) e os padrões comportamentais aprendidos através da experiência (“programação”). Eles alegam que esses padrões podem ser alterados para alcançar metas específicas na vida. A metodologia da PNL também se propõe a “modelar” as habilidades de pessoas excepcionais, permitindo que outros as adquiram. Além disso, afirmam que a PNL pode tratar problemas como fobias, depressão, distúrbios motores, doenças psicossomáticas, miopia, alergias, resfriados comuns e distúrbios de aprendizagem, muitas vezes em uma única sessão [1].

Apesar dessas alegações, o consenso científico considera a PNL uma pseudociência. Revisões científicas apontam que a PNL é inconsistente com a teoria neurológica atual e contém numerosos erros factuais. Pesquisas que apoiam a PNL frequentemente apresentam falhas metodológicas significativas, e estudos de maior qualidade não conseguiram reproduzir as “reivindicações extraordinárias” feitas por seus proponentes [1].

A PNL utiliza uma metodologia de “modelagem” e um conjunto de técnicas derivadas do trabalho de Virginia Satir, Milton Erickson e Fritz Perls. Também incorpora teorias de Gregory Bateson, Alfred Korzybski e Noam Chomsky (especialmente gramática transformacional), além de ideias de Carlos Castaneda [1].

Bandler e Grinder desenvolveram o “meta-modelo” para coletar informações e desafiar a linguagem e o pensamento subjacente de um cliente, e o “modelo Milton” para induzir “transe” e fornecer sugestões terapêuticas indiretas. A PNL foi comercializada como uma ferramenta de negócios, com a alegação de que “se algum ser humano pode fazer qualquer coisa, você também pode” [1].

PNL e a Igreja Cristã Maranata (ICM)

No contexto da Igreja Cristã Maranata, embora não haja evidências diretas de que a PNL seja explicitamente ensinada ou aplicada, alguns de seus princípios podem ser observados nas dinâmicas de comunicação e pregação. A ênfase em “revelações” e “profecias” dentro da ICM, por exemplo, pode ser interpretada como uma forma de moldar a percepção da realidade dos fiéis. A linguagem utilizada nos cultos e seminários, muitas vezes repetitiva e focada em conceitos específicos como “Obra” e “Espírito Santo”, pode atuar como um mecanismo de reforço de crenças e comportamentos desejados. A PNL sugere que a repetição e a associação de palavras e ideias podem criar novas “programações” mentais. Na ICM, a constante reafirmação de que a igreja é a “Obra do Espírito Santo” e que seus líderes possuem uma conexão direta com o divino pode gerar uma forte identificação e lealdade nos membros, influenciando suas decisões e ações de forma profunda.

Além disso, a “modelagem” de comportamentos e a busca por resultados específicos, características da PNL, podem ser sutilmente observadas na forma como a ICM incentiva a conformidade e a adesão aos seus preceitos. A pressão implícita para que os fiéis se adequem a determinados padrões de conduta, mesmo sem a imposição explícita de “usos e costumes”, pode ser vista como uma tentativa de “programar” o comportamento dos membros para se alinhar com as expectativas da liderança. Aqueles que não se encaixam podem enfrentar reprovação ou isolamento, o que reforça a necessidade de se conformar aos padrões estabelecidos pela “Obra”.

A figura de Gedelti Gueiros, como líder e presidente da ICM, desempenha um papel central na comunicação e na transmissão dessas mensagens. Sua oratória e a forma como ele apresenta as doutrinas e as “revelações” podem ter um impacto significativo na percepção e na adesão dos fiéis. A autoridade atribuída a ele e ao Conselho Presbiteral, que se apresenta como um canal direto da vontade de Deus , pode amplificar a eficácia de qualquer técnica de influência, incluindo aquelas que se assemelham aos princípios da PNL, na medida em que a mensagem é recebida com pouca ou nenhuma contestação.

2. HIPNOSE DE MASSA (PSICOLOGIA DAS MASSAS)

O conceito de “Hipnose de Massa”, embora não seja um termo científico formal, está intrinsecamente ligado à Psicologia das Massas, que estuda como os indivíduos se comportam em grupo, muitas vezes de maneira diferen te do que fariam isoladamente. Fenômenos como conformidade, desindividualização, contágio emocional e pensamento de grupo são centrais a essa área. Em um ambiente de massa, a individualidade pode ser suprimida em favor de uma “mente de grupo”, tornando os indivíduos mais suscetíveis a sugestões e impulsos coletivos [2].

Fenômenos da Psicologia das Massas:

*Conformidade: A tendência dos indivíduos em adaptar seu comportamento ou crenças para se alinhar com o grupo, seja por pressão social ou desejo de aceitação.

*Desindividualização: Em uma multidão, as pessoas podem perder a autoconsciência e sentir-se mais anônimas, levando-as a agir de maneiras que não fariam individualmente. Isso pode reduzir a responsabilidade pessoal.

*Contágio Emocional: Emoções, especialmente intensas como medo, raiva ou entusiasmo, se espalham rapidamente em grandes grupos, influenciando o comportamento coletivo.

*Pensamento de Grupo: Ocorre quando o desejo por harmonia e consenso leva os indivíduos a tomar decisões sem considerar completamente os riscos ou alternativas.

Teorias Clássicas da Psicologia das Massas:

*Gustave Le Bon e a Teoria da Mente de Multidão: Le Bon sugeriu que, em uma multidão, as pessoas perdem seu senso de identidade individual e são dominadas por uma “mente de massa”, tornando-se suscetíveis a sugestões e impulsos irracionais.

*Teoria do Comportamento Coletivo de Herbert Blumer: Blumer argumenta que o comportamento de multidão é produto de interações sociais e interpretativas, onde as pessoas agem com base na definição de uma situação, e não por uma perda de racionalidade.

*Teoria da Identidade Social de Tajfel e Turner: Essa teoria sugere que os comportamentos em grupo ocorrem porque as pessoas desenvolvem uma identidade coletiva, agindo de acordo com as normas e os valores do grupo, o que pode intensificar o senso de “nós contra eles”.

Hipnose de Massa e a Igreja Cristã Maranata (ICM)

Na Igreja Cristã Maranata, a dinâmica dos cultos, seminários e eventos em massa, como os realizados nos maanains e anfiteatros, cria um ambiente propício para a manifestação de fenômenos da psicologia das massas. A atmosfera de fervor religioso, a música, as pregações intensas e a repetição de frases e cânticos podem gerar um forte contágio emocional. Os fiéis, imersos nesse ambiente coletivo, podem experimentar uma sensação de desindividualização, onde a responsabilidade pessoal é diluída e o comportamento individual se alinha mais facilmente ao do grupo. Isso pode levar a uma maior aceitação das doutrinas e diretrizes da liderança, mesmo que, individualmente, pudessem questioná-las.

A liderança carismática, especialmente a figura de Gedelti Gueiros, desempenha um papel crucial na mobilização e direcionamento dessa “mente de massa”. A forma como as mensagens são transmitidas, com autoridade e convicção, pode induzir um estado de conformidade e pensamento de grupo, onde a crítica e o questionamento são minimizados. A crença de que a igreja é a “Obra do Espírito Santo” e que as “revelações” vêm diretamente de Deus pode criar uma barreira psicológica contra a dissidência, pois questionar a liderança seria, para muitos, questionar a própria vontade divina. Esse ambiente pode ser comparado a um estado de “hipnose coletiva” no sentido figurado, onde a capacidade de análise crítica individual é reduzida em favor da adesão ao consenso do grupo e à autoridade do líder.

Relatos de ex-membros frequentemente descrevem a dificuldade de manter um pensamento crítico dentro da ICM, sentindo-se pressionados a seguir as normas e a participar ativamente das atividades da igreja para evitar o isolamento ou a reprovação. A humilhação pública ou o isolamento de quem não se conforma, mesmo que de forma implícita, reforça a necessidade de se adequar ao comportamento coletivo. Essa pressão social, aliada ao contágio emocional e à desindividualização, contribui para a manutenção de um comportamento homogêneo e alinhado aos interesses da liderança.

3. PSICOLOGIA REVERSA

A Psicologia Reversa é uma técnica de influência que se baseia na reatância psicológica, onde a sugestão do oposto do que se deseja que alguém faça pode levar essa pessoa a realizar a ação desejada. É uma forma sutil de manipulação que explora a tendência humana de resistir a ordens diretas ou de afirmar sua autonomia fazendo o contrário do que é explicitamente pedido [3].

Essa técnica depende da reação emocional negativa da pessoa a ser persuadida, levando-a a escolher a alternativa contrária à proposta. É frequentemente utilizada em crianças, que tendem a responder com reatância. Por exemplo, dizer a uma criança para ficar em casa, esperando que ela escolha ir brincar ao ar livre, ou dizer “eu aposto que você não consegue me pegar” para que ela persiga o interlocutor [3].

Psicologia Reversa e a Igreja Cristã Maranata (ICM)

Embora não haja evidências de que a Igreja Cristã Maranata utilize a psicologia reversa de forma explícita e consciente como uma técnica de manipulação, alguns de seus métodos de controle e persuasão podem, em certos contextos, produzir efeitos semelhantes. Por exemplo, a ênfase na “liberdade no Espírito” e a negação de “usos e costumes” rígidos, em contraste com outras denominações pentecostais, pode paradoxalmente levar a uma maior conformidade. Ao não impor regras explícitas sobre vestimenta ou comportamento, a ICM pode criar um ambiente onde os fiéis, buscando demonstrar sua “espiritualidade” e “liberdade em Cristo”, acabam por adotar comportamentos e estilos de vida que se alinham perfeitamente com as expectativas implícitas da liderança. A ausência de uma proibição direta pode levar a uma autoimposição de condutas, onde o fiel se esforça para “agradar a Deus” (e, por extensão, à liderança) de uma forma que talvez não fizesse se houvesse uma regra explícita.

Outro ponto a ser considerado é a forma como a liderança lida com a dissidência ou o questionamento. Em vez de proibir diretamente, pode haver uma desqualificação sutil ou um isolamento daqueles que expressam dúvidas ou opiniões contrárias. Isso pode levar os membros a internalizar a ideia de que questionar a “Obra” é errado ou prejudicial, levando-os a se autocensurar e a evitar expressar pensamentos divergentes. Essa dinâmica, embora não seja uma psicologia reversa clássica, pode gerar um efeito similar de direcionamento do comportamento sem uma ordem direta, explorando a aversão do indivíduo ao conflito ou à exclusão social. A “liberdade” de escolha é mantida, mas as consequências sociais de uma escolha “errada” são claras, incentivando a conformidade de forma indireta. Frases atribuídas a Gedelti Gueiros, como “não ligue o satélite”, “não compartilhe o link”, “não acesse o canal de televisão da igreja”, “venha aqui na frente dançar” ou “venha aqui no presbitério conferir as contas da igreja”, podem ser interpretadas como exemplos de psicologia reversa. Ao “proibir” ou “desafiar” os fiéis a não fazerem algo, ou a fazerem algo que parece ir contra a norma, a liderança pode estar, na verdade, incentivando a ação desejada através da reatância ou do desejo de provar lealdade e obediência.

4. COAÇÃO

Coação, no contexto jurídico e geral, refere-se à pressão exercida sobre uma pessoa para forçá-la a realizar um ato que normalmente não faria, ou a não realizar um ato que normalmente faria. É o ato de constranger alguém, seja por meio de violência, ameaça ou outra forma de pressão, a agir contra sua própria vontade [4].

Aspectos da Coação:

*Negação de Consentimento: A coação invalida o consentimento de uma pessoa para um ato, como a celebração de um contrato ou a participação em uma atividade. Se uma ação é realizada sob coação, ela não é considerada voluntária.

*Defesa Legal: No direito penal, a coação pode ser usada como uma defesa. O réu admite ter infringido a lei, mas alega que o fez sob pressão extrema e ilegal, não sendo, portanto, totalmente responsável pelo ato.

*Tipos de Coação: A coação pode ser física (uso de força) ou moral/psicológica (ameaças, intimidação). A coação moral é mais sutil, mas igualmente eficaz em compelir a vontade de alguém.

Coação e a Igreja Cristã Maranata (ICM)

Na Igreja Cristã Maranata, as acusações de coação surgem principalmente em relatos de ex-membros e nas investigações do Ministério Público. As denúncias de assédio judicial contra ex-membros e críticos são um exemplo claro de coação legal, onde a igreja utiliza o sistema jurídico para silenciar vozes dissonantes e impedir a divulgação de informações negativas. Essa tática visa intimidar e forçar o silêncio daqueles que se opõem à liderança ou que denunciam irregularidades, criando um ambiente de medo e desincentivando qualquer forma de dissidência [5].

Além da coação legal, há relatos de coação psicológica e social. Embora a ICM afirme não cobrar dízimos de forma compulsória, a ascensão a cargos de liderança, como diácono, ungido ou pastor, é condicionada à comprovação de ser um dizimista fiel por pelo menos dois anos. Há relatos de que a compatibilidade do valor do dízimo com a profissão do membro é verificada, sugerindo uma forma de controle para evitar a “sonegação” do dízimo. Essa prática, embora não seja uma cobrança direta, atua como uma forte pressão para a contribuição financeira, associando-a ao reconhecimento e à ascensão dentro da hierarquia da igreja. A estrutura hierárquica da ICM, com a figura central de Gedelti Gueiros e o Conselho Presbiteral, pode criar um ambiente onde a obediência é esperada e a desobediência pode resultar em isolamento, humilhação pública ou exclusão. Embora não sejam “ameaças” no sentido literal, a reprovação social e a perda de status dentro da comunidade podem ser formas poderosas de coação psicológica, levando os membros a agir contra sua própria vontade para manter sua posição e aceitação no grupo.

As investigações sobre desvio de dízimos e lavagem de dinheiro, que envolveram a cúpula da ICM, incluindo Gedelti Gueiros, reforçam a ideia de que houve um sistema de pressão e controle para garantir a arrecadação e o uso indevido dos recursos. A coação, nesse contexto, pode ter sido utilizada para garantir a lealdade e a participação dos membros em esquemas financeiros ilícitos, sob a justificativa de que estavam contribuindo para a “Obra de Deus”. A nomeação de Alexandre Gueiros como sucessor de Gedelti também pode ser vista como uma forma de coação implícita, garantindo a perpetuação do poder e da influência da família Gueiros na instituição, sem que haja uma contestação efetiva por parte dos membros [5].

CONCLUSÃO

A análise dos conceitos de Programação Neurolinguística, Hipnose de Massa (Psicologia das Massas), Psicologia Reversa e Coação, em comparação com as práticas da Igreja Cristã Maranata sob a liderança de Gedelti Gueiros, revela padrões de influência e controle que, embora não sejam necessariamente intencionais ou conscientes em todos os casos, produzem efeitos semelhantes aos descritos por essas abordagens psicológicas e sociais.

A ICM, através de sua estrutura hierárquica, da comunicação de seus líderes (especialmente Gedelti Gueiros), da atmosfera de seus cultos e seminários, e das pressões sociais implícitas e explícitas, cria um ambiente onde a adesão às suas doutrinas e diretrizes é fortemente incentivada. A linguagem repetitiva e focada em “revelações” e “Obra do Espírito Santo” pode atuar como uma forma de “programação” mental, moldando a percepção da realidade dos fiéis (semelhante a aspectos da PNL). A dinâmica de grupo nos cultos e eventos em massa pode levar à desindividualização e ao contágio emocional, resultando em uma conformidade coletiva que se assemelha à “hipnose de massa”.

Embora a psicologia reversa não seja explicitamente utilizada, a forma como a ICM lida com a “liberdade” e a dissidência, sem proibições diretas, mas com consequências sociais claras para quem não se alinha, pode gerar um efeito de autoimposição de condutas. Por fim, a coação se manifesta de forma mais direta através do assédio judicial contra críticos e ex-membros, e de forma mais sutil através da pressão financeira e social para a conformidade. As controvérsias envolvendo desvio de dízimos e a perpetuação do poder familiar na liderança reforçam a percepção de que mecanismos de controle são empregados para manter a estrutura e os interesses da instituição.

É importante ressaltar que a identificação desses padrões não implica necessariamente em uma acusação de má-fé em todos os níveis da instituição, mas sim em uma análise dos mecanismos de influência que podem operar em grupos religiosos. A fé e a espiritualidade são fenômenos complexos, e a linha entre a persuasão legítima e a manipulação pode ser tênue. No entanto, a compreensão desses conceitos psicológicos e sociais é fundamental para analisar criticamente as dinâmicas de poder e controle em qualquer organização, incluindo as religiosas, e para proteger a autonomia e o bem-estar dos indivíduos.

REFERÊNCIAS

[1] Programação neurolinguística – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_neurolingu%C3%ADstica](https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_neurolingu%C3%ADstica)

[2] Psicologia das Massas e Comportamentos Coletivos: Entendendo a Mente do Grupo. Disponível em: [https://psicurtir.com.br/psicologia-das-massas-e-comportamentos-coletivos-entendendo-a-mente-do-grupo/](https://psicurtir.com.br/psicologia-das-massas-e-comportamentos-coletivos-entendendo-a-mente-do-grupo/)

[3] Psicologia reversa – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_reversa](https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_reversa)

[4] Coação – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Coa%C3%A7%C3%A3o](https://pt.wikipedia.org/wiki/Coa%C3%A7%C3%A3o)

[5] Igreja Cristã Maranata – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: [https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Crist%C3%A3_Maranata](https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Crist%C3%A3_Maranata)

NOSSOS COMENTÁRIOS

Avaliação Geral do Conteúdo

✔️ Legalidade e Diretrizes

·       O texto não configura discurso de ódio, difamação ou incitação à violência.

·       Ele está formulado como estudo comparativo e opinativo, com base em conceitos psicológicos amplamente documentados e relatos públicos.

·       Não há acusações infundadas ou injuriosas, mas sim interpretações críticas fundamentadas em fontes públicas, como artigos, Wikipédia e experiências documentadas de ex-membros.

·       Está protegido pelos artigos 5º, IV, IX e XIV da Constituição Federal (liberdade de expressão, pensamento, crença e informação).


🧠 Pontos Fortes da Análise

1. Estrutura objetiva e didática

O estudo foi dividido em quatro seções, cada uma abordando um conceito psicológico distinto e sua possível manifestação dentro da estrutura da ICM:

·       Programação Neurolinguística (PNL): uso de linguagem repetitiva e estruturação simbólica para reforçar crenças e submissão à liderança;

·       Hipnose de Massa / Psicologia das Massas: mobilização emocional coletiva em grandes eventos para induzir conformidade e suprimir dissidência;

·       Psicologia Reversa: negação de ordens diretas para provocar autoimposição de condutas e censura individual;

·       Coação (legal, moral e espiritual): uso de pressão hierárquica, status e judicialização para silenciar e controlar membros.

2. Referências e fundamentação

O texto se respalda em:

·       Enciclopédias digitais (Wikipédia), artigos temáticos e páginas informativas de psicologia;

·       Documentos públicos e notícias que descrevem a conduta da liderança da ICM;

·       Episódios amplamente conhecidos da história da instituição.

3. Objetividade e cautela

O próprio texto adverte que não se trata de um ataque à fé dos membros, mas de uma análise técnica sobre padrões de controle em estruturas religiosas, o que confere seriedade à exposição.

Nota do editor do Celeiros.net:
Este texto foi enviado anonimamente por membros envolvidos com o movimento de reforma da Igreja Cristã Maranata.
Seu conteúdo é analítico, fundamentado em conceitos amplamente discutidos pela psicologia e pela sociologia das religiões.
Ele não representa um ataque à fé ou aos membros da igreja, mas sim uma reflexão crítica sobre métodos de influência e controle presentes em organizações religiosas, a partir de experiências e observações públicas.

O Celeiros.net publica este conteúdo por entender que o debate público e transparente é essencial para o amadurecimento da fé cristã e o fim de práticas espiritualmente abusivas.

A verdade liberta. E a luz dissipa as trevas.